quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Universo das palavras.

“... Palavras apenas, palavras pequenas, palavras ao vento...”

Palavras. Definidas como um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. Apesar de tentarem dar uma definição a 'palavra', a mesma nunca terá um definição exata. Palavras não descrevem palavras.

Palavras para amar, palavras para curar, palavras para ferir, palavras para ajudar, palavras certas, palavras erradas, apenas palavras.
Conjunto de silabas, de letras. Juntar, criar, falar.
Há algo muito maior por traz dessas pequenas letras. Há um infinito de emoções, sensações, arrepios e lágrimas. Há um universo por trás.

Preciso então entrar nesse universo escondido. Decifrar cada letra das palavras que me falas. Elas me levaram a um lugar melhor, em que, mesmo com a dor dessas palavras frias, que bem sei que saíram com dor de dentro de ti, eu me sinta bem, ou melhor, confortável. Quando estiver dentro desse universo verei que elas não são para ferir, não são pra machucar. São palavras de amor. Palavras do coração. Tenho tanta curiosidade de entrar lá, mas não sei se teria coragem. Coragem de ver que aquelas palavras que tanto em mim doeram eram pro meu bem. Afinal é preciso aguentar algumas larvas para então conhecer as borboletas. Quando aquelas palavras foram lidas, a sensação, em mim, era a mesma da gastura das larvas andando em uma frágil rosa. Mas enfim, quando durmo imagino esse universo. Ah que reine a imaginação, pois se a realidade for essa estarei bem.

Ele é repleto de azul, celeste. É como o céu quando se encontra com o verde do jardim. Há um ângulo onde se vê as flores, uma por uma, com duas infinitas cores. Verde, ah quanto verde. É tão lindo ver essa imensidão, por esse ângulo, uniformizada da grama. Bom, mas quando, naquele mesmo ângulo, eu ouço passos, ou melhor, muito mais que passos, são como saltos. Levanto e vejo-te correndo ao meu encontro. Como é belo, nessa imensidão do céu, ver-te chegar. É por estar nesse universo, que ouço de você as mesmas palavras outrora ditas com o mesmo fervor, mas algo diferente, sinto então que aquelas palavras que caíram em mim com tal peso, hoje caem novamente, mas com a alegria do saber que sentir a brisa ao amanhecer é como sentir você.

Uma flor e um carneiro.

"Tive vontade de escrever pra Exupéry e encher seu coração de alegria! Nem pude acreditar, quando contemplava as estrelas e por um "descuido" do meu olhar, vi alguém que também as contemplava e sorria! Muito educado, me saudou com um "Boa noite"! Mal consegui responder quando vi pela luz da lua os seus cabelos cor de trigo; meus olhos se encheram de lágrimas ao ter tão perto de mim, o "maior" príncipe de toda a história.
Depois que consegui saudá-lo, como que um ímã, fomos aos poucos nos sentando mais perto, era impossível não sorrir com o barulho que faziam as estrelas. Entre sorrisos e passos, estávamos diante um do outro. Que vontade de abraçá-lo! Mas eu não o tinha cativado, minha mente me alertou, freando os meus braços, que estavam na iminência de um abraço. Ele, sim, pela sua história já tinha me cativado. E antes que eu tivesse concluído o pensamento, fui quase derrubada por um dos melhores abraços que já senti em minha vida. As crianças não medem a intensidade das suas ações! Foi mágico! Eu não ousei dizer uma palavra. E o silêncio foi quebrado pela linda entonação da sua voz, ao me dizer palavras que jamais serão esquecidas: "Que bom te encontrar, flor". E essas palavras quase me derrubaram, de emoção, novamente. Nesse momento eu entendi que o lindo processo de cativar é algo recíproco!
Eu estava muito querendo saber da rosa e do carneiro, mas antes que eu falasse, ele perguntou: "Como vai a Terra?". Eu tive vergonha de responder a essa pergunta. A minha vontade era ter perguntado pela rosa e pelo carneiro e fingido que nem escutei, mas lembrei que ele não desiste de uma pergunta, e eu teria que responder sobre a Terra. A única coisa que consegui dizê-lo foi: "Ela precisa muito de você". Ele abaixou a cabeça, desapontado, como uma criança que não sabe porque as pessoas grandes complicam tanto as coisas simples. Agora fui eu quem o abracei, coloquei no colo, e recolhia cada lágrima que caia de sua face, elas pareciam brilhar como as estrelas, mas não sorriam. "Calma, meu pequeno, o essencial de cada um é invisível, está por dentro...o homem ainda tem solução" Usei o seu ensinamento para o confortar. E as suas lágrimas sorriram como as estrelas!
Faria agora a minha pergunta que o alegraria ou o deixara triste de vez. Mas eu precisava saber da flor e do carneiro. Eu perguntei: E a sua flor, como vai? Ele não me respondeu, se ausentou da minha presença e eu fiquei pensando no mal que eu o tinha feito. Ele voltou, e com a conhecida caixa em uma mão e a flor na outra. Pensei: Que bom, a mordaça não estava com defeito! Mas ele logo respondeu ao meu pensamento: "O carneiro se desprendeu da mordaça, acredita?" E eu surpresa, disse: "E a flor , como sobreviveu?". Ele sorrindo de uma forma que eu nunca vi igual, disse:" Essa é uma linda história!" E eu, sorri, feliz, ao ver carneiro, flor e o pequeno.
Ele narrou assim: "De fato a mordaça estava defeituosa; que bom!Serei eternamente grato ao meu amigo. O meu carneiro resolveu sair da caixa, encontrou com a minha flor justamente no dia em que eu tinha esquecido de colocar a redoma. Mas qual não foi a minha surpresa quando o carneiro aproximou o rosto da minha flor!Apertou-me o peito. Mas ao invés do que imaginávamos, ele a cheirou e deitou-se ao lado dela. E nesse dia eu entendi o porque de tantas vezes, antes dele sair da caixa, eu o percebia olhar fixo para a minha flor com redoma. O processo de cativar não exige palavras não é mesmo? Já que a linguagem é uma fonte de mal entendidos!" Eu, encantado, com o cativar da flor e do carneiro, só ousei chorar. Enquanto me consolava ele me disse:"Trouxe o meu carneiro e a flor pra que conhecessem a terra, mas vi que vamos precisar ficar mais do que o esperado, pra que mostremos ao Homem que 'até' uma flor e um carneiro sabem o que é cativar." Com essas palavras ele se despediu de mim, mas deixou meu coração esperançoso! Ele está de volta!"

Bom, esse texto foi o escolhido para começar o Especial Amigos. Texto escrito pela Carina, do blog A arte de viver! Ela que foi o meio, o melhor por sinal, do Pequeno Príncipe me cativar. Obrigada Cari!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Teias de amor.

Teia. Conjuntos de fios de seda produzidas pela aranha para a sua sobrevivência. Assim como a aranha precisa dessa teia para a sua sobrevivência, precisamos também nós para a nossa. A teia é composta de minúsculos fios de seda, produzidos por glândulas que estão no abdômem da aranha, denominadas fiandeiras. A nossa teia é composta por laços afetivos, os quais carregamos no coração.

Cada um traz dentro de si uma teia. Mas o mais me encanta na teia, não é quem ela traz, e sim quem ela vai trazer. O mais belo é na verdade compartilhar sua teia. Tecer junto.

Eu trago dentro de mim a minha teia. Meus amigos trazem dentro deles a teia que pertence a eles. Mas há determinados laços quais as teias começa a se entrelaçar, eles começam a tecer juntas. E ai está o mais belo da teia. Passarei meus laços para os meus amigos. Passarei as minhas pérolas para a minha outra pérola. É como costurar uma colcha de retalhos. Onde cada retalho fosse uma pessoa, e a partir das teias que se entrelaçam, a colcha cresce.

Bom, escrevo esse texto, para dizer o quão bom foi que a teia da Naira se entrelaçasse com a minha. Conheci verdadeiras pérolas, as quais levarei, e deixarei se entrelaçar com outras teias. Carina, Maurício, Danilo. Pessoas agora responsáveis por mim, pois afinal tu te tornas eternamente responsável por quem cativas. Assim com as teias do Maurício se entrelaçaram com a minhas, e hoje sei que sou responsável também pela Nelita, pelo Felipe, que mais do que eu tentei cativar, foram eles que se deixaram ser cativados por mim.

Nunca mais


"Eu cada vez que vi você chegar
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido eu disse: nunca mais
Mas novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais para mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
Eu sei que vou chorar a mesma dor
Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você
Eu toda vez que vi você voltar
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar
Eu sei que vou chorar a mesma dor
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais para mim
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais para mim"
(Do Fundo Do Meu Coração - Roberto Carlos)


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ÍMPAR


Observava o mar. Fui lá para tentar decifrar o que esse ano ímpar queria falar. Ele me mostrava barcos e pescadores. O barulho do mar me explica, ou melhor, me prova, que são eles as maiores provas de paciência e esperança.
Homens que tem que esperar determinadas fases da lua pra irem velejar.
Homens que saem a procura da pesca, incertos se vão achar sua caça.
Paciência e esperança.
Paciência para esperar o peixe vir ao encontro da isca.
Esperança que acompanha cada isca jogada ao mar.
É tempo de esperar e ter calma, é tempo de viver.
Ter a esperança que no céu de hoje apareça novamente estrelas, as mesmas que enfeitaram o meu primeiro céu deste ano.
Paciência quando no céu nada brilhe, para deixar o novo dia nascer e entardecer, para então eu ver, o que me faz renascer!

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