"Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora - com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois"
Sento-me em um canto. No canto esquerdo de uma sala cheia de sorrisos largos. Sento-me do lado de uma parede de azulejos brancos, infestados de flores amarelas. Sento-me aqui, pois sinto um maior aconchego, afinal não tenho teus braços para me enforcar de amor. Sem poder adormecer nos teus braços como posso sonhar?
Ainda leio aquele bilhete deixado em baixo da porta me dizendo não, não volte nunca mais pra mim.
Mas eu bem sei que aquela letra não fora sua. Conheço bem minha caligrafia, cada mania, cada traço. Definitivamente não fora você quem escreveu este bilhete, que agora encharcado com minhas lágrimas fazem desaparecer cada letra.
Como seria bom de junto com essas letras, minhas lágrimas também pudessem levar suas lembranças de dentro de mim. Ah, quão bom seria que ela na verdade apagasse tudo o que aquele bilhete me causou, te causou. Que ela levasse também nossas pegadas na areia. Como seria bom se ela apagasse você de minha vida. Não tenho raiva de você. Eu tenho raiva é do seu abraço protetor, das suas mãos entrelaçadas no meu cabelo, tenho raiva do seu coração longe do meu. Tenho raiva de você, quando uso aquela roupa, e você não está. Do som do seu carro que deixou as músicas, mas não você. Tenho raiva de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário