"Você lê e sofre. Você lê e ri. Você lê e engasga.Você lê e tem arrepios. Você lê, e a sua vida vaise misturando no que está sendo lido."(Caio Fernando Abreu)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Aceitar, ou não.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Saudade de você.
"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar". A gente vai chorar sim, mas vai valer a pena! Seja pela cor do trigo, pelas flores, pelas estrelas, pelo mar, seja pelo que vai fazer você lembrar de quem se sente saudade.
O amor sabe conviver com a saudade, pq ele vive do bem que ela traz. Mas como sentimento mais teimoso que o amor não existe, a todo momento desejamos "matar" as saudades. "Saudade é quando o momento tentar fugir da memória pra acontecer de novo e não consegue". Falar de saudade, me fez lembrar do tempo, porque o tempo não volta. Ele é nosso maior aliado, mas também nosso maior inimigo, por isso é necessário sabermos usá-lo como alguém que sabe que o tem nas mãos é precioso demais pra ser perdido, sendo assim, faz de tudo para não perdê-lo.
É preciso aproveitar o precioso que temos. É preciso fazer de cada pequeno momento do dia um acontecimento precioso. Seja o acontecimento do dia um almoço com amigos, um sorriso de alguém desconhecido, uma ligação que você não esperava ou esperava. Não importa! Importa que o precioso não seja perdido. Isso é preciso!
Fabi, querida, dedico a você pela linda saudade que dói."
Bom, esse texto, novamente e para sempre, foi escrito pela flor da Carina, do blog A arte de viver. Sim eu morro de saudades dessa flor linda que me cativou!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Emendas nossas de cada dia.
Laços são construídos ao tempo. E já dizia Shakespeare que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. E o que mais encanta em alguns laços, assim como nas rosas, não é o seu ‘tamanho’, ou a sua ‘beleza’. E sim quantas emendas têm. No caso das rosas, amassos. As emendas mostram o quão belo é o laço.
Eis o segredo dos laços, as emendas são belas.
Quão mais belo o laço, tenha certeza, mais forte és. Cada vez que perdemos um pedaço do laço que carregamos nos sentimos mal. É como se nós perdêssemos um pedacinho do chão. Perdemos pedaços dos nossos laços em coisas, peço perdão pela palavra, tão ‘fúteis’. Perdemos por uma palavra, por um erro, por um mal entendido, perdemos até por coisas que nunca aconteceram. É importante parar para pensar, até onde os fatores externos podem mudar sentimentos? Bom essas coisas, talvez, não sejam assim tão fúteis. Elas apenas nos mostram que mais frágil do que a rosa, ou do que qualquer outra coisa no mundo, somos nós. Somos nós quem julgamos os erros que nos fazem perder pedaços, ou melhor, a sociedade. Até que ponto nós nos deixamos perder por erros, que não passam de ERROS? Enfim, cada um constrói a sua própria estrada, cada um sabe o que te tira pedaços e se realmente vale a pena perdê-los, ou não .
Mas quando nós deixamos toda aquela petulância do orgulho se espatifar no chão, surgem linhas. Linhas que servirão para fazer as emendas. Ai é quando se começa a emendar. Cada pedacinho que nós perdemos, aos poucos, nós começamos a costurar de volta nos nossos laços. Há casos, dos donos do laço, onde esses pedaços não são costurados pelo mesmo, mas sim por quem, por um acaso, ou até mesmo ironia do destino, acha-o no chão. O que levaria a uma pessoa a parar tudo, parar sua ‘vida’ durante aqueles minutos para emendar o laço de um suposto desconhecido? Não sei ao certo, mas gosto de acreditar que fora a sua própria experiência em emendar o seu.
Enfim quando se termina de emendar, temos um laço, perdão pela redundância, emendado. Um laço não mais uniforme. Ah, na verdade temos um laço lindo!
E se eu perguntasse a um pequeno menino com cabelos dourados, cor de trigo, no meio do deserto e embaixo das estrelas se para ele “havia algo mais belo que um laço emendado?” Sem dúvidas sua resposta seria mais um hieróglifo, tais como, “Ele é a própria tradução do amor”.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Universo das palavras.
“... Palavras apenas, palavras pequenas, palavras ao vento...”
Palavras. Definidas como um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. Apesar de tentarem dar uma definição a 'palavra', a mesma nunca terá um definição exata. Palavras não descrevem palavras.
Palavras para amar, palavras para curar, palavras para ferir, palavras para ajudar, palavras certas, palavras erradas, apenas palavras.
Conjunto de silabas, de letras. Juntar, criar, falar.
Há algo muito maior por traz dessas pequenas letras. Há um infinito de emoções, sensações, arrepios e lágrimas. Há um universo por trás.
Preciso então entrar nesse universo escondido. Decifrar cada letra das palavras que me falas. Elas me levaram a um lugar melhor, em que, mesmo com a dor dessas palavras frias, que bem sei que saíram com dor de dentro de ti, eu me sinta bem, ou melhor, confortável. Quando estiver dentro desse universo verei que elas não são para ferir, não são pra machucar. São palavras de amor. Palavras do coração. Tenho tanta curiosidade de entrar lá, mas não sei se teria coragem. Coragem de ver que aquelas palavras que tanto em mim doeram eram pro meu bem. Afinal é preciso aguentar algumas larvas para então conhecer as borboletas. Quando aquelas palavras foram lidas, a sensação, em mim, era a mesma da gastura das larvas andando em uma frágil rosa. Mas enfim, quando durmo imagino esse universo. Ah que reine a imaginação, pois se a realidade for essa estarei bem.
Ele é repleto de azul, celeste. É como o céu quando se encontra com o verde do jardim. Há um ângulo onde se vê as flores, uma por uma, com duas infinitas cores. Verde, ah quanto verde. É tão lindo ver essa imensidão, por esse ângulo, uniformizada da grama. Bom, mas quando, naquele mesmo ângulo, eu ouço passos, ou melhor, muito mais que passos, são como saltos. Levanto e vejo-te correndo ao meu encontro. Como é belo, nessa imensidão do céu, ver-te chegar. É por estar nesse universo, que ouço de você as mesmas palavras outrora ditas com o mesmo fervor, mas algo diferente, sinto então que aquelas palavras que caíram em mim com tal peso, hoje caem novamente, mas com a alegria do saber que sentir a brisa ao amanhecer é como sentir você.
Uma flor e um carneiro.
Depois que consegui saudá-lo, como que um ímã, fomos aos poucos nos sentando mais perto, era impossível não sorrir com o barulho que faziam as estrelas. Entre sorrisos e passos, estávamos diante um do outro. Que vontade de abraçá-lo! Mas eu não o tinha cativado, minha mente me alertou, freando os meus braços, que estavam na iminência de um abraço. Ele, sim, pela sua história já tinha me cativado. E antes que eu tivesse concluído o pensamento, fui quase derrubada por um dos melhores abraços que já senti em minha vida. As crianças não medem a intensidade das suas ações! Foi mágico! Eu não ousei dizer uma palavra. E o silêncio foi quebrado pela linda entonação da sua voz, ao me dizer palavras que jamais serão esquecidas: "Que bom te encontrar, flor". E essas palavras quase me derrubaram, de emoção, novamente. Nesse momento eu entendi que o lindo processo de cativar é algo recíproco!
Eu estava muito querendo saber da rosa e do carneiro, mas antes que eu falasse, ele perguntou: "Como vai a Terra?". Eu tive vergonha de responder a essa pergunta. A minha vontade era ter perguntado pela rosa e pelo carneiro e fingido que nem escutei, mas lembrei que ele não desiste de uma pergunta, e eu teria que responder sobre a Terra. A única coisa que consegui dizê-lo foi: "Ela precisa muito de você". Ele abaixou a cabeça, desapontado, como uma criança que não sabe porque as pessoas grandes complicam tanto as coisas simples. Agora fui eu quem o abracei, coloquei no colo, e recolhia cada lágrima que caia de sua face, elas pareciam brilhar como as estrelas, mas não sorriam. "Calma, meu pequeno, o essencial de cada um é invisível, está por dentro...o homem ainda tem solução" Usei o seu ensinamento para o confortar. E as suas lágrimas sorriram como as estrelas!
Faria agora a minha pergunta que o alegraria ou o deixara triste de vez. Mas eu precisava saber da flor e do carneiro. Eu perguntei: E a sua flor, como vai? Ele não me respondeu, se ausentou da minha presença e eu fiquei pensando no mal que eu o tinha feito. Ele voltou, e com a conhecida caixa em uma mão e a flor na outra. Pensei: Que bom, a mordaça não estava com defeito! Mas ele logo respondeu ao meu pensamento: "O carneiro se desprendeu da mordaça, acredita?" E eu surpresa, disse: "E a flor , como sobreviveu?". Ele sorrindo de uma forma que eu nunca vi igual, disse:" Essa é uma linda história!" E eu, sorri, feliz, ao ver carneiro, flor e o pequeno.
Ele narrou assim: "De fato a mordaça estava defeituosa; que bom!Serei eternamente grato ao meu amigo. O meu carneiro resolveu sair da caixa, encontrou com a minha flor justamente no dia em que eu tinha esquecido de colocar a redoma. Mas qual não foi a minha surpresa quando o carneiro aproximou o rosto da minha flor!Apertou-me o peito. Mas ao invés do que imaginávamos, ele a cheirou e deitou-se ao lado dela. E nesse dia eu entendi o porque de tantas vezes, antes dele sair da caixa, eu o percebia olhar fixo para a minha flor com redoma. O processo de cativar não exige palavras não é mesmo? Já que a linguagem é uma fonte de mal entendidos!" Eu, encantado, com o cativar da flor e do carneiro, só ousei chorar. Enquanto me consolava ele me disse:"Trouxe o meu carneiro e a flor pra que conhecessem a terra, mas vi que vamos precisar ficar mais do que o esperado, pra que mostremos ao Homem que 'até' uma flor e um carneiro sabem o que é cativar." Com essas palavras ele se despediu de mim, mas deixou meu coração esperançoso! Ele está de volta!"
Bom, esse texto foi o escolhido para começar o Especial Amigos. Texto escrito pela Carina, do blog A arte de viver! Ela que foi o meio, o melhor por sinal, do Pequeno Príncipe me cativar. Obrigada Cari!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Teias de amor.
Cada um traz dentro de si uma teia. Mas o mais me encanta na teia, não é quem ela traz, e sim quem ela vai trazer. O mais belo é na verdade compartilhar sua teia. Tecer junto.
Eu trago dentro de mim a minha teia. Meus amigos trazem dentro deles a teia que pertence a eles. Mas há determinados laços quais as teias começa a se entrelaçar, eles começam a tecer juntas. E ai está o mais belo da teia. Passarei meus laços para os meus amigos. Passarei as minhas pérolas para a minha outra pérola. É como costurar uma colcha de retalhos. Onde cada retalho fosse uma pessoa, e a partir das teias que se entrelaçam, a colcha cresce.
Bom, escrevo esse texto, para dizer o quão bom foi que a teia da Naira se entrelaçasse com a minha. Conheci verdadeiras pérolas, as quais levarei, e deixarei se entrelaçar com outras teias. Carina, Maurício, Danilo. Pessoas agora responsáveis por mim, pois afinal tu te tornas eternamente responsável por quem cativas. Assim com as teias do Maurício se entrelaçaram com a minhas, e hoje sei que sou responsável também pela Nelita, pelo Felipe, que mais do que eu tentei cativar, foram eles que se deixaram ser cativados por mim.
Nunca mais
"Eu cada vez que vi você chegar
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido eu disse: nunca mais
Mas novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais para mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
Eu sei que vou chorar a mesma dor
Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você
Eu toda vez que vi você voltar
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar
Eu sei que vou chorar a mesma dor
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que sim
Mas já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais para mim
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais para mim"
DIREITOS AUTORAIS
Art. 7. São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro.
Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.
Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades.