quarta-feira, 20 de outubro de 2010

novo banco, de novo.

"Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber"




Sento nesse novo banco, dessa tão velha, e sem cor, praça. Eu, cansada de ver em preto e branco, esse lugar que já foi palco de tantas peças da minha vida, peças que hoje estão em sépia; vejo esse tão novo banco. Posso até ver cor nele. Descobri que esse banco é só a minha fuga de todas as minhas fugas. Bom, ele não é tão novo assim. Lembro-me dele, tão sem cor e tão sozinho. Não sabera eu que o mesmo foste reformado aos meus olhos, aos meus sentidos. Já sentei em tantos bancos que se quebraram, que perderam a cor, que deixaram de ter o seu próprio brilho. Mas esse banco ofusca toda a praça que não me faz bem. É tanta cor, tanta luz, é tanto vento. Vento, que pelo barulho, sabemos que vem de novos horizontes. Me sinto tão segura sentada aqui, mas prefiro esconder, deixar subentendido. Não quero que esse vento leve, mais uma vez, esse meu lugar seguro, essa cor, esse brilho. O melhor é que enquanto estou aqui, nenhuma lembrança ruim vem me assombrar, elas morrem, enquanto eu começo a viver, viver intensamente, como nunca.





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