domingo, 21 de novembro de 2010

Não adianta fugir

"...tudo o que se vê não é
igual ao que a gente viu há um segundo
tudo muda o tempo todo no mundo
não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo
agora, há tanta vida lá fora...
"

Me sinto sufocada por esse medo que me impede de ver o novo horizonte. Medo do novo, medo do velho. Tenho medo. Quero fugir, mas tenho medo de ao deixar minhas pegadas na areia, elas não fiquem mais ali, a me orientar como voltar. Tenho medo que assim como minhas pegadas, o meu pedaço de pão no caminho suma, que os mais lindos passarinhos me deixem só, não me mostrem o meu referencial, a minha volta. Medo da mudança. Medo do amanhã, porque é o amanhã que vai me dizer se o hoje foi bom, e se ainda há pegadas no chão. E se não houver mais? Do que adianta ir, se vou estar sempre presa as minhas marcas, ao meu passado? Quero ir, mas também quero ficar. Tenho medo de sofrer. Medo da multidão me levar e eu não poder voltar. Medo do relógio que gira e muda tudo. Tempo, é o melhor ou o pior remédio. Tenho medo que o tempo passe e feche minhas cicatrizes, porque na verdade, estou tão acomodada com elas, que não sei se parar de sangrar ira tirar a dor, ou tão somente, aumenta-la. Mas sabe, tenho medo é do possível, porque o possível é mais fácil, tudo passa, quando mais fácil vem, mais fácil vai. Eu gosto mesmo do impossível, gosto de lutar, mas ainda sim tenho medo. Medo de perder e não saber recomeçar. Sabe, tenho medo de perder meu maiores tesouros, como já perdi tantos. Mas já sabe que a vida vem em ondas como o mar, e talvez nessas ondas, o medo se afogue, mas como disse, tenho medo do que iria acontecer comigo sem o medo, porque afinal, nós bem sabemos, que as vezes o medo é nosso melhor amigo...

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